No ano passado, foram 564 expulsos, a maioria servidores concursados.Casos envolvem corrupção, abandono de cargo e preguiça no serviço.
06/01/2012 18h10 - Atualizado em 06/01/2012 18h44
Do G1, em Brasília
Relatório anual divulgado nesta sexta (6) pela Controladoria-Geral da União (CGU) informa que, em 2011, 564 servidores da administração federal foram expulsos do serviço público, número recorde desde 2003, quando os números passaram a ser contabilizados pelo governo. Naquele ano, foram expulsos 264 servidores. Dos que saíram no ano passado, a maioria (469, ou 83%) era composta de servidores concursados. Somente 38 (7%) eram comissionados (que ocuparam o cargo por indicação), e 57 (10%) já estavam aposentados.
Desde 2003, o órgão contabilizou 3.533 servidores expulsos. Desse total, 1.887 (31,7%) foram enquadrados por uso indevido do cargo; 1.133 (19%) por improbidade administrativa (que inclui casos como enriquecimento ilícito, tráfico de influência, favorecimento, entre outros); e 325 (5,5%) por recebimento de propina. Juntos, esses três casos, que perfazem 56,2%, configuram prática de corrupção. Outras causas para a expulsão incluem o abandono de cargo (com 511 casos, 8,6%) e desídia, que é preguiça ou desleixo no serviço público (288 casos, 4,8%). Uma mesma pessoa pode ser expulsa por mais de uma dessas causas. Outros fundamentos para a expulsão, não divulgados, somam 1.816 casos (30,5%). O levantamento mostra ainda que, desde 2007, o maior número de expulsões se concentra no Rio de Janeiro (417 servidores), seguido por Distrito Federal (312), São Paulo (222), Amazonas (121) e Paraná (113). Entre os órgãos da administração federal, o Ministério da Previdência Social teve o maior número de expulsos desde 2003: 884. Em seguida, estão o Ministério da Educação (552 expulsos), Ministério da Justiça (517), Ministério da Fazenda (388) e Ministério da Saúde (387) .